Eu estava vivendo no Egito há apenas seis meses e tinha acabado de me ajustar ao barulho, ao tráfego, à pobreza, ao número de pessoas e à falta de privacidade. Eu guardava esse pequeno achado como símbolo do meu interesse por objetos mundanos. Eu estava tão ligado a ele que quando um terremoto atingiu o Cairo, foi uma das coisas que achei em minhas mãos quando consegui sair.
Nesta época, havia uma campanha para os chás Tetley na televisão egípcia com uma filmagem dublada do Hitler dando um discurso. Em Árabe, Hitler dizia algo como a Inglaterra tinha os navios, a América, os aviões, mas "eles tinham o chá!" Então meu pequeno apontador alemão ganhou um outro significado. Onde eu estava? Que tipo de judeu eu era para viver em um país queacha aceitável usar Hitler para vender bebidas assim como os americanos se vestem como Lincoln para vender carros?
Hoje, o apontador vive em meu escritório, onde eu não trabalho como professor, e não faço nada a ver com o Oriente Medio. Ele ainda tem um pedaço de grafite preso.
Esse pequeno ensaio (traduzido às pressas por essa que vos escreve) faz parte de um livro que fiquei com muita vontade de ler "Taking Things Seriously: 75 Objects with an Unexpected Significance," ou algo como Levando as Coisas à Sério: 75 Objetos com significados Inesperados
Via: http://www.designobserver.com/
Prometo que a partir de hoje os posts serão mais frequentes e mais variados.
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